terça-feira, 26 de maio de 2009
Filha de duas mães
A noite era fria
O mar parecia zangado
E eu adiantado como sempre.
Mas os homens foram feitos para esperar.
O café estava meio cheio, meio vazio,
Como um copo de whisky
que não me tocaria nessa noite.
Café com sorrisos e palavras mal medidas.
Gargalhadas a criticas debruçadas na mesa do lado.
A camisola destemida em tons de rosa
Do rapaz que de bonito tinha apenas a vizinha da esquerda.
As histórias das nossas vidas
Que faziam a noite apetecer
E aceleravam desenfreadamente os ponteiros do relógio
Ate os compromissos matinais cessarem o momento.
Par de horas hoje especialmente recordadas
na melhor maneira encontrada de agradecer as tuas mães.
Filipe Quintã (Porto 2009)
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